quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Viagem ao Centro da Terra, parte II (26/Jan/2010)

Neste caso, o termo "terra" designa localidade (na circunstância, Bengaluru) e não o planeta...
Mas aposto que o Júlio Verne não desdenharia escrever semelhante aventura, pois as peripécias são, no mínimo, comparáveis à de uma "Viagem ao Centro da Terra" (planeta...) ou de uma viagem "Da Terra à Lua"...
Chegados ao centro, lá fizemos as nossa compras, em que o Tiago e o Luís demonstraram toda a sua mestria no arte do regateio (tendo-me como espectador atento e interessado...), não sendo, porem, de ignorar a estreita amizade que o Luís estabeleceu com o vendedor, não tendo para tal sido necessário mais do que uma visita anterior à loja. Quando, numa outra loja, fui abandonado à minha sorte, apercebi-me que aquela arte não está, de facto, ao alcance de todos...
Pelo meio almoçámos nesse verdadeiro bastião da restauração de Bengaluru, que é o restaurante italiano Fresco's (embora, em matéria de carne, limitado a frango e borrego...) .
De seguida fomos conhecer um pouco da diversidade do património arquitectónico-religioso de Bengaluru (uma mesquita ao lado de um templo hindu, e não muito longe, uma basílica católica).
Para terminar o passeio, resolvemos ir ao palácio de Bengaluru, de que um dos motoristas de riquexó (o meio de transporte por excelência no centro de Bengaluru) nos havia falado.

Chegados ao palácio, tirámos umas fotografias à distância, mas assim que nos aproximámos, fomos intimados a parar de tirar fotos... se quiséssemos tirar mais fotos, teríamos de adquirir bilhete para visitar o palácio (Rs 200 cada) e , adicionalmente, pagar Rs 500 para podermos tirar fotos no interior...
A visita era guiada, e de acordo com o guia, o palácio era, no exterior, inspirado no castelo de Windsor (não surpreendente, pois o palácio foi construído no sec. XIX, durante a ocupação britânica...), como dependência (utilizada no verão) do palácio de Mysore. O guia também nos falou do actual herdeiro da dinastia de Wodeyar como se tratando do actual rei (ou marajá, para ser mais exacto...) de Mysore, o que na minha cabeça não fazia muito sentido, logo no dia em que a Índia festejava o 60º aniversário da implantação da República... De facto, o referido herdeiro perdeu o direito a tal título precisamente com a independência da Índia, 1947 (nem foi preciso esperar pela instituição da República, em 1950).
No final da visita, o guia, sem quaisquer pruridos, vira-se para nós e "tips? tips?" (o que não foi surpresa para o Tiago P. e para o Luís). E não se contentou por um de nós ter dado por todos: já se preparava para pedir individualmente a cada um, mas entretanto já estávamos em marcha para fora do palácio, para respirar os ares da sexagenária república.
E depois de um passeio pelos jardins do palácio, e quando já nos dirigíamos para o transporte que nos levaria de volta ao hotel, tivemos de aguardar pela passagem de Sua Majestade o Marajá de Mysore, que naquele momento estava a sair do palácio, provavelmente com pressa para ir assistir aos festejos do aniversário da república...

Fotos do dia? Aqui e aqui!

3 comentários:

  1. Atão, e têm ido ao cinema...?

    http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=160914

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  2. Quero ver fotos vossas com bigodinho à indiano! :D

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  3. Cinema: no meu caso o tempo é pouco, mas mesmo que fosse ilimitado, de certeza que não optaria por tal sugestão :-)

    Bigodinho: não trouxe a máquina de barbear, por isso fico-me pela barba mal amanhada :-P

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