domingo, 21 de fevereiro de 2010

43º Dia - Os bifes contra-atacam

Ultimamente andamos a acordar com algo estranho, umas vezes é com camiões ou geradores a trabalhar nas obras durante a noite, ou uma musica irritante aos altos berros pelas 7 da manhã, ou mesmo um toque de telemóvel monofónico que deve servir de despertador para a vizinhança toda. Mas nestes últimos dias, foi algo mais... digamos que diferente... um gajo que se mete a rezar gritando a sua adorada oração no meio da rua, quem sabe, angariando mais seguidores! Algo que me parece improvável, porque a única coisa que dá vontade é atirar-lhe com fruta podre, baldes de água, ou mesmo o belo do espancamento por me ter acordado a horas impróprias...

No sábado tínhamos um plano muito simples: acordar, preparar o estômago, pegar nas coisas, apanhar um táxi, e por fim regalarmo-nos com mais um belo bife grelhado!
Desta vez, em vez do The only place decidimos experimentar outra sugestão que nos foi dada, desta vez por uma colega nossa indiana: o Millers 46.

Placa do restauranteO restaurante ainda deu alguma luta a encontrar, nem o motorista sabia onde era a coisa. Passado algum tempo, não havia dúvidas, tínhamos chegado ao destino!
Subimos as escadas e entramos num restaurante que, ainda que tivesse avisos que estava em remodelação, se apresentava com uma decoração bastante engraçada, dando ideia de um saloon mas com traços modernos.
SumosDesta vez resolvemos não pedir entradas, para garantir que conseguíamos comer o bife todo sem qualquer esforço. E de qualquer forma, o meu tinha umas sobremesas que até pareciam apelativas! Para além dos bifes, que eram os típicos da casa (com o nome de Chateaubriand 'Big Mama'), resolvemos pedir ainda dois sumos: um de lima, laranja e romã para mim, e outro de lima, laranja e ananás para o Luís. Os sumos eram muito bons, apesar de que para mim não estão ao nível dos que descobrimos recentemente no "Food Court" ao pé do trabalho.
Tentando agradar aos nossos leitores, vou tentar descrever com o melhor detalhe possível como foi a degustação dos bifes. BifeO bife apresentava-se com uma tonalidade invejável. Era um castanho que só se consegue ter num bife aquando grelhado na perfeição. O interior do bife estava ainda algo cor-de-rosa, resultante de não ser um bife bem passado. Contudo, não deixava sair líquido vermelho (sangue), pelo que não se perdia nenhuma propriedade ao cortar esta carne tenra. Por falar em tenra, ao mastigar esta carne macia, sentia-se na boca uma revolução de sabores que envolviam o sabor simples mas maravilhoso da carne, o sabor adquirido por ser uma carne grelhada e ainda um toque suave mas agradável dado pelas ervas aromáticas. Este bife apresentava-se, para o nosso enlevo, sem molhos. Os molhos eram sim opcionalmente servidos a parte, mas, para quê correr o risco de estragar o magnífico sabor da simplicidade?
Juntamente com o bife, o prato tinha algumas batatas fritas, e legumes cozidos.
Devo dizer que não achei tão bom como o bife anterior, talvez como sugerido pelo Luís, por não ser o primeiro que comemos por cá, mas mesmo assim estava brutalmente bom!

Após a refeição, era altura de dar uma volta pelas lojas para tentar fazer alguns negócios. Mas para tal precisávamos de nos deslocar para a zona comercial da cidade. Lá pedimos o sempre presente auto-riquexó, só que assim que dissemos para onde queríamos ir e inquirimos quanto ficaria a viagem, o condutor olhou em frente e, simpaticamente, arrancou sem dizer palavra alguma para tentar a sorte com uns turistas chineses que estavam uns metros a frente, deixando-os sem palavras... Contudo, rapidamente apareceu outro motorista que nos levou para o destino pretendido.
Desta vez com a ajuda de uma colega nossa para as compras, a diferença era notória, ainda que aparentemente as nossas técnicas de negociação sejam boas o suficiente, notámos que contrariamente às experiências anteriores, não insistiam (ou só tentavam uma vez) para nós comprarmos a loja toda. De notar que nem com um nativo, nos conseguimos livrar do vendedor de xadrez, que chegou mesmo a atravessar a estrada connosco na tentativa de vender o avanço tecnológico do tabuleiro de madeira com depósito para as peças "comidas".
Feitas as compras, resolvemos ir até um local que não parece pertencer a esta cidade. O jardim botânico de Lalbagh, um verdadeiro oásis, onde o chão não tem pó, não se vê lixo, e o som da cidade parecia ficar do lado de fora. Ali passámos uma hora, calmamente apreciando a vista e a serenidade do jardim.
Entrada do jardimPor do sol

Fotos do dia disponíveis no álbum do picasa.

6 comentários:

  1. Yah.. o jardim estava super bem arranjado.. é como entrar numa dimensão à parte. Parece que é um marco em Bangalore e mal entrámos percebemos porquê.

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  2. Essa descrição de bife é digna de figurar numa obra de literatura :)

    Vocês têm aí um conjunto de fotos bastante boas... já comentei antes e volto a repetir que deviam considerar mandar algumas delas para a National Geographic...

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  3. Hehehe por acaso essa descrição deu bastante gozo a escrever :P

    Quanto às fotos, não sei se são dignas de publicação, mas talvez tente a sorte...

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  4. Bem vos disse para levarem uns tupperwares:P

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  5. Voltam e escrevem um livro de viagens :)

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